Compositor: Rafael Bittencourt
Voe pra longe
Do crepúsculo ao amanhecer
Todos meus sonhos
Levam-me para outro mundo
Sinto como estivesse no céu
Da minha cabeça pros meus dedos do pé
Direto fora das sombras
acordando minhas mais profundas reflexões
Claro como uma fotografia
Uma antiga casa amarela
Nos dias
Pela noite
Eu não posso tirar essa figura da minha mente
Recordando os momentos que se afogaram
No oceano dos meus sonhos
Limpando poeira nas gavetas dentro das minhas memórias
Nos dias, pela noite
Eu não consigo deixar ir esses sentimentos que tenho
Nesta terra do nunca eu vago
Nesta terra do nunca eu vago
Raios de luz aterrando no verde
Estão os anjos caindo em disfarce?
Escondendo e buscando os brinquedos no sótão da minha alma
Preso entre os pesadelos e sonhos
E eu ainda não consigo deixar ir
Nesta terra do nunca eu vago
Nesta terra do nunca eu vago
Mas eu sei que eu não irei mais por aquela porta
Ah! Devaneio! Inseto noturno!
Sem tempo a desperdiçar!
Acalme-se agora, querido garoto. quieto!
Sem tempo a desperdiçar!
Enfureça-se agora, pobre garoto, apresse-se antes
Que não haja outra saída por aquela porta fechada
mais e mais
Além deste lugar que eu vá para esconder
Além e além
Agora o sol se vai, e seu tempo acabou
Aprese-se! Você nunca sairá
Quando estiver perdido nesta terra do nunca, vagarei
Nesta terra do nunca, vagarei
Agora eu sei, não sairei por aquela porta
Porque eu sei não há mais uma saída pra mim
Voe pra longe, pela noite
Onde reside o meu espírito
Onde o sol brilha nos seus olhos
Onde dimensões colidem
E a noite voa, para longe
Para um dia ensolarado
Algum dia...